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Soluções ambientais, de inclusão e novas tecnologias no Inova Senai

Um estudo que mede a poluição atmosférica em um curtume, um pó que facilita a coagulação em tratamento de efluentes industriais, um cinto de segurança com sensores que facilita o monitoramento de um operário em espaço confinado, uma fresadora que pode ser operado por deficiente visual ou auditivo, um sistema para aplicação do biogás gerado em curtumes no ambiente urbano são alguns dos 50 projetos que estão expostos no Inova Senai, que acontece simultâneamente a 7ª Olimpíada do Conhecimento, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. Os projetos são de alunos e docentes do Senai de todo o Brasil e o evento vai premiar criações desenvolvidas para atender às demandas da indústria e do mercado. Os finalistas foram escolhidos em um universo de 149 ideias avaliadas por uma banca que levou em consideração itens como viabilidade e inovação. Os projetos ficarão expostos à visitação pública até esta sexta-feira, 16 de novembro. Os 50 selecionados também disputam prêmios de produto inovador e processo inovador nos valores de R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil. O primeiro lugar da categoria serviço inovador receberá até R$ 300 mil para implementação do projeto em âmbito nacional.

Dos quatro projetos gaúchos selecionados, dois têm viés ambietal e dois, de inclusão social. O instrutor Darlan Alves e a aluna Suélen Lima pensaram em um medidor da poluição atmosférica em um curtume, originários do sulfeto de sódio. A invenção se dá por meio de uma bomba com um tubo que busca a amostra no ar passando-a para um cromatógrafo de íons. "Com o resultado o curtume poderá, por meio do Centro Tecnológico do Couro Senai, de Estância Velha, encontrar soluções para baixar este índice", explica Darlan, lembrando que existe uma norma (NR15) que decreta os níveis a que o trabalhador pode estar exposto. Também integra a equipe Horst Junior.

Da mesma área, o estudo da aplicação de biogás gerado em curtumes tem três benefícios: redução do volume de lodo primário, a geração de energia e a recuperação de subprodutos. O aluno Clóvis Heiden da Cruz explica que o lodo primário pode ser transformado em biogás, por meio da biodigestão e gerar subprodutos no processo. A energia pode ser usada no próprio curtume ou na comunidade e chega a dimiuir 80% do passivo ambiental. "É um projeto viável economicamente, socialmente justo e ambientalmente sustentável", afirma ele. O trabalho foi o vencedor do Inova Senai estadual, que aconteceu em 2011. A insrutora do projeto foi Janete Schneider.

O Voice Mail ligando para sua caixa postal pensou não só no trabalhador que está longe da empresa, mas pode acessar seus emails por telefone, como para deficientes visuais e auditivos (neste caso podem receber os recados do telefone por email). "E pode ser usado no caso de você não ter internet. Basta ligar para o servidor e acessar sua caixa postal. Também pode acessar sua agenda e ver as reuniões do dia", explica Állan Franco, aluno do Senai gaúcho. O inverso também pode ocorrer. "Os recados deixados no seu telefone podem ser lidos no seu email", comenta Lucas Rosa, também aluno do Senai, integrante da equipe.

A máquina fresadora MPF 300 para deficientes visuais e auditivos teve como objetivo a inclusão social, já que ela possibilita que trabalhadores com essas deficência possam operar a máquina. O instrutor Wesley Santos Cordeiro conta que apesar do trabalho ser simples, o deficiente não consegue saber qual o próximo passo a fazer. Porém o projeto conta com comunicação visual e sonora que dá esta possibilidade ao operador. "A máquina é destinada a operações de furação, fresagem ou corte e visa contribuir para a geração de postos de trabalho para pessoas com defiência", destaca. Também integram a equipe o instrutor Luciano Pacheco Souza, e os alunos João Berlesse Gindri Martins e Ellivelson dos Santos.

Publicado sexta-feira, 16 de Novembro de 2012 - 0h00