CONHEÇA OS PROJETOS
Henrique Pisaroglo é o criador do projeto Cloth Wood, uma proposta que transforma resíduos têxteis em nova matéria-prima para a indústria, com aplicações semelhantes às da madeira. “O projeto utiliza tecidos descartados, compostos principalmente por materiais como náilon e poliéster. Esses resíduos são triturados e combinados com resina epóxi, gerando um compósito que pode ser usado na produção de peças como cabos de ferramentas ou até móveis”, explica Henrique. Segundo ele, o material apresenta resistência e versatilidade para diferentes aplicações e pode contribuir significativamente com o setor produtivo.
“O projeto pega tecidos descartados, compostos principalmente por materiais como náilon e poliéster, tritura esses resíduos e os combina com resina epóxi, obtendo uma matéria-prima que pode ser utilizada na construção de um produto final, como uma cadeira, por exemplo”, afirma Henrique. Segundo o aluno, o material criado apresenta resistência e versatilidade para diferentes usos e pode contribuir significativamente para a indústria.
A primeira aplicação prática foi o cabo de uma chave de fenda. Testes de impacto e compressão realizados no Instituto de Inovação em Metalmecânica demonstraram que o material é mais resistente do que a madeira tradicional e pode ser utilizado para usinagem, fresagem, furação e rosqueamento. “É uma forma de transformar um problema ambiental em solução industrial, com custo acessível e alta durabilidade”, explica Henrique. O jovem ressalta ainda que o compósito pode ser aplicado na fabricação de ferramentas, móveis e até em componentes da construção civil, ampliando as possibilidades de uso.
Essa é a segunda feira internacional do projeto em menos de três meses. Em março, o aluno participou do Festival Internacional de Engenharia, Ciência e Tecnologia (I-Fest²), na Tunísia, onde o projeto recebeu menção honrosa na categoria Meio Ambiente. A participação internacional foi viabilizada após a conquista da medalha de ouro na Infomatrix Brasil 2024.
Já Arthur Maycá da Silva, de 19 anos, desenvolveu o projeto Smart Totem, um equipamento de triagem autônoma projetado para agilizar o atendimento nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). “Falta mão de obra nas UPAs. O totem pode ajudar, oferecendo uma triagem rápida, eficiente e acessível”, afirma Arthur. Com sensores de temperatura, pressão arterial, batimentos cardíacos e oxigenação, além de uma tela interativa, o dispositivo realiza uma triagem automatizada, mede os sinais vitais e gera um relatório técnico com a classificação de prioridade do atendimento.
O custo estimado da solução varia entre R$ 1.500 e R$ 2.500. “O mais caro é a tela, cujo preço varia conforme o tamanho e a resolução”, explica Arthur. O projeto já conquistou 2º lugar na MILSET Brasil (categoria Saúde), 3º lugar na avaliação técnica do Ficiências e 4º na Febrace.
A presença dos alunos nas feiras internacionais reforça o compromisso do Sistema FIERGS com a formação e retenção de talentos, o incentivo à inovação com propósito e a busca por soluções sustentáveis que conectam o presente e o futuro da indústria.